Empresário que Doou R$ 1 Milhão ao PT Desabafa: "Estamos Ferrados"




Durante um evento promovido pelo Grupo Esfera Brasil em São Paulo, Rubens Ometto, presidente do Grupo Cosan, expressou forte descontentamento com a condução econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de ter doado R$ 1 milhão para a campanha do Partido dos Trabalhadores (PT), Ometto não poupou críticas ao que chamou de inércia para resolver os problemas fiscais do país.

O empresário destacou que o Brasil está "em apuros" e que a falta de ações concretas para enfrentar o déficit fiscal compromete a estabilidade econômica e a confiança do setor produtivo.

"Estamos numa situação muito difícil. Quando você é empresário e vê tudo que está acontecendo, percebe claramente uma política partidária, de não reduzir [gastos]. Resolver o déficit fiscal seria suficiente para estabilizar tudo, mas eles não querem fazer isso. O que vai acontecer: os juros vão subir, e os investimentos em infraestrutura e parcerias público-privadas não sairão do papel. O empresário que investir com essas taxas de juros vai quebrar. Desculpe o francês, estamos ferrados porque a alta administração do nosso país acha que está certa e não quer agir. É uma pena", desabafou Ometto.

Preocupações Empresariais e Impacto Econômico
O evento contou com a participação de Gabriel Galípolo, indicado à presidência do Banco Central, e de outros líderes empresariais, que discutiram os desafios econômicos enfrentados pelo Brasil. Ometto ressaltou que a relutância do governo em reduzir gastos e implementar ajustes fiscais pode agravar ainda mais a crise econômica, prejudicando investimentos e o crescimento sustentável.

Para ele, sem medidas concretas, setores como infraestrutura continuarão paralisados, afastando investimentos privados.

Diálogo Necessário Entre Governo e Setor Produtivo
As críticas de Rubens Ometto refletem uma insatisfação crescente entre empresários que esperam do governo ações que favoreçam um ambiente econômico mais estável. O desabafo evidencia a necessidade de um diálogo mais direto entre o setor produtivo e o governo para enfrentar os desafios econômicos de maneira eficaz e equilibrada.

Enquanto isso, a pressão por ajustes fiscais e políticas mais pragmáticas cresce, ressaltando a urgência de medidas que tragam estabilidade, confiança e perspectivas de crescimento para o país.

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