Mesmo com decisão judicial, família não consegue cirurgia de urgência para bebê em Goiás.


Pais estão desesperados e não sabem mais a quem recorrer para que Heloísa Vieira seja operada no coração. Eles não têm dinheiro para pagar pelo procedimento e fazem uma campanha nas redes sociais.

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Mesmo com uma decisão judicial, Heloísa Rodrigues Vieira, de 9 meses, não consegue uma vaga para uma cirurgia no coração na rede pública, em Goiânia. Os pais estão desesperados e não sabem a quem recorrer para que ela passe pelo procedimento, que é considerado urgente pela equipe médica e não foi realizado até esta segunda-feira (24).

A decisão liminar foi tomada no último dia 15 de junho, pelo juiz Salomão Afiune, após pedido do Ministério Público de Goiás. No documento, o magistrado determina que a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, que é a responsável pela Central de Regulação, transfira a bebê imediatamente para a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital da Criança.

Em nota, a secretaria informou que está na busca pela vaga que atenda a paciente e que, assim que a vaga for disponibilizada, a paciente será encaminhada.


Espera por cirurgia

Reinaldo e a mulher, Fernanda Dias, levaram a filha para uma Unidade de Pronto Atendimento de Aparecida de Goiânia no dia 7 de junho, porque ela estava gripada. No local, segundo ele, uma radiologista alertou para um possível problema no coração de Heloísa. No entanto, o médico responsável pelo diagnóstico acreditou que poderia ser H1N1 e a encaminhou para o Hospital de Doenças Tropicais, em Goiânia.

Heloísa foi transferida para o HDT em 10 de junho. No mesmo dia, constataram que ela nasceu com uma doença no coração.

“Ela tem uma drenagem anômala total. Ela fica com a boca roxa, está com muita falta de ar porque o pulmão está trabalhando força. Uma válvula do coração já não funciona, já fizeram transfusão de sangue porque o sangue não consegue ser bombardeado”, relata o pai.
Em 11 de junho, a família solicitou na Central de Regulação a transferência para o Hospital da Criança. Quatro dias depois, como não houve mudança, a equipe médica entrou em contato com o Ministério Público para que entrasse com uma ação no Poder Judiciário.
Já se passaram nove dias, e a menina segue internada na UTI do HDT. A unidade não possui o tratamento adequado. Além disso, Heloísa corre o risco de pegar outra doença.


#TodosPorHelo

Reinaldo é mestre de obras e recebe por dia de trabalho, o que não consegue fazer desde a internação da filha. Ele afirma que não tem condições de pagar pelo procedimento, que pode custar até R$ 150 mil. "Não sei a quem mais recorrer", desabafa.
Em busca de mobilização, a família fez uma caminhada na última segunda-feira (17). Os parentes também iniciaram uma campanha nas redes sociais para tentar uma saída para o problema da menina..

G1

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