Na noite desta terça-feira (21), o julgamento de Luciano Luiz Santos, de 41 anos, foi concluído com uma sentença de 48 anos de prisão em regime fechado, além de uma indenização de R$ 100 mil para cada familiar das vítimas. O réu foi julgado e condenado pelos assassinatos de sua ex-mulher, Gislane Silva de Oliveira, de 40 anos, e do namorado dela, João Paulo de Deus Nascimento Tibúrcio, de 31 anos, além da tentativa de homicídio contra os policiais.
O crime, que chocou a cidade de Goianápolis, na Região Metropolitana de Goiânia, ocorreu em 10 de fevereiro de 2024. Segundo as investigações, Luciano invadiu a casa da ex-esposa tilizando o carro do filho, no qual estava o controle do portão, e executou sumariamente o casal. Gislane havia recentemente oficializado seu relacionamento com João Paulo nas redes sociais, o que, de acordo com a promotoria, teria sido o estopim para o ato criminoso.
Após o crime, Luciano resistiu à prisão, trocando tiros com a Polícia Militar e só se rendendo quando ficou sem munição.
Histórico de violência
A investigação revelou um padrão de comportamento violento por parte do réu. Desde 2022, Gislane possuía uma medida protetiva contra o ex-marido devido a ameaças e perseguições. Apesar da ordem judicial, Luciano continuou a importunar a vítima, chegando a ser preso em dezembro de 2023 por descumprir a medida.
Qualificações dos crimes
Luciano foi condenado por feminicídio triplamente qualificado e homicídio duplamente qualificado, devido à premeditação, ao meio cruel e à impossibilidade de defesa das vítimas. Além disso, foi denunciado por tentativa de homicídio contra os policiais envolvidos na ocorrência.
Julgamento e condenação
Durante o Júri Popular, a defesa tentou argumentar que o réu agiu sob forte abalo emocional, mas a promotoria apresentou evidências robustas de que os assassinatos foram premeditados. O tribunal considerou a gravidade dos atos e a reincidência do réu em desrespeitar decisões judiciais, culminando na sentença exemplar.
A condenação representa uma resposta à altura para os familiares das vítimas e um alerta para os casos de vio
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